Startup brasileira foca no Open Finance e prevê transformação do sistema financeiro
O Open Finance surgiu em dezembro de 2021, complementando o Open Banking. Desde então, o sistema que prevê o compartilhamento de dados entre instituições financeiras cresceu e agora dá espaço para que startups inovem em soluções e se destaquem neste meio.
É o caso da Lina Open X, startup fundada em 2019 com o objetivo de apoiar instituições financeiras em suas necessidades para se adaptarem ao novo ecossistema do Open Finance. Agora, a empresa já recebeu esportes, tem uma parceria com a B3 e tem participação de 26% no mercado de Open Insurance, subdivisão do Open Finance focada em seguros.
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“Nosso objetivo é a integração de sistemas e o compartilhamento seguro de dados e serviços, apoiando nossos clientes com soluções que atendem desde os processos de conformidade regulatória, já que nossa atuação é no ecossistema regulado, até as necessidades relacionadas à inteligência de dados”, disse Alan Mareines, CEO da Lina Open X.
Soluções
Entre as soluções criadas pela startup estão uma plataforma de APIs e módulo de gerenciamento de assinaturas para que as instituições se integrem ao Open Finance em conformidade regulatória sem que elas precisem construir sua própria infraestrutura.
Já a plataforma de compartilhamento de dados da startup fornece um histórico cadastral e financeiro completo, além de inteligência em cima dos dados para específicas como análise de risco, aprovação de crédito e oferta personalizada.
“Ao adotar o compartilhamento de dados, [ uma corretora de investimentos ] reduziu em 80% o número de campos preenchidos no momento do cadastro, simplificando a jornada e atualizando o tempo gasto em 87%, possibilitando a abertura de novas contas, com aprovação automática , em até 1 minuto”, contou o CEO da Lina OpenX.
Futuro "Aberto"
A fintech está otimista para o futuro. Segundo Mareines, apesar do cenário econômico desafiador para startups em geral, a estratégia de crescimento orgânico, fundamentada na geração de receitas consistentes no curto e médio prazo, deve continuar garantindo a sustentabilidade para o negócio. Para o CEO, o movimento de expansão do Open Finance coloca a fintech em posição privilegiada para competir e ganhar ainda mais mercado.
Segundo a consultoria Oliver Wyman, 60 milhões de brasileiros deverão participar deste ecossistema até 2025.
“A transformação do sistema financeiro brasileiro para o modelo 'Open' é muito mais do que uma agenda regulatória. Estamos vivenciando uma verdadeira revolução e caminhada para um ambiente digital moderno de negócios no mercado financeiro brasileiro”, concluiu Mareines, em entrevista à EXAME.