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Primeiro vernissage em NFT’s no Brasil traz o caos urbano para a arte abstrata

 

Na véspera da inauguração de uma exposição, era comum os artistas irem até as galerias dar uma última demão de verniz em suas obras, para que os quadros durassem mais. Desde então, tais aberturas também são chamadas de “vernissage” ou, “envernizamento”, em francês.

 

Porém, a arte mudou muito desde então.

 

Suas técnicas, assuntos retratados e comercialização se adequam a cada período histórico da sociedade. Muitas obras já não precisam mais de uma demão de verniz para durarem, é o caso dos NFT’s.

 

“Minha série de quadros e o NFT’s conversam muito, ambos são desruptivos, eles movimentam a arte de formas diferentes”.

 

Vanessa Meyer é uma artista plástica mineira, residente em São Paulo, que, em 2019, iniciou um processo criativo com foco no caos urbano da 5ª maior cidade do mundo.

 

“Vieram as primeiras pinturas, eu finalmente entendi o que eu queria colocar na tela, mas aí veio o caos em cima do caos: a pandemia”, diz ela.

 

Porém, Vanessa continuou explorando a cidade. Se paramentou, e começou a conversar com moradores de rua, entendendo sua realidade e transmitindo o que absorvia para suas obras.

 

“Eu quero retratar esse movimento de rua que, muitas vezes, as pessoas não olham, não dão importância. Junto com a destruição e degradação do centro, está a degradação do ser humano”, diz.

 

Após acompanhar in loco a situação da população de rua, sua vivência deu origem à série “Entropica”, com cinco conjuntos de 16 quadros, no total: “Nos Trilhos”, “As Lona”, “Identidade”, “Frenética”, e “Movimento dos Beco”.

 

As obras variam em dimensão física e têm o preto, cinza, amarelo, azul, vermelho e branco compondo a paleta de cores.

 

Obra “Entrópica” / Divulgação


Vanessa, inclusive, prepara um vernissage dinâmico, com projeções do centro de São Paulo, pichações e sons da cidade.

 

“Será algo bem imersivo que te proporciona entender melhor cada tela e vivenciar o centro de São Paulo de uma forma segura”, diz.

 

A comercialização das obras em NFT’s vem através de uma parceria com a agência Mooh TECH de Paris e será feita através de vários modelos de negociação.

 

O comprador pode adquirir uma obra física individual e escolher se o quadro será entregue em sua casa ou se a arte existirá apenas no modo on line, neste caso, o quadro físico fica com Vanessa para ser exposto no futuro. De qualquer modo, o cliente recebe o certificado, através de um número token (NFT), garantindo a autenticidade e a posse da obra.

 

Outros quadros poderão ter até dez compradores. Todos receberão um token com um número exclusivo e, com ele, poderão imprimir a arte.

 

“Com esse último modelo, a gente quebra um pouco essa ideia de que a arte tem que ser exclusiva para alguns, é um jeito de democratizá-la”, diz Vanessa.

 

Parte do lucro conseguido com as obras será revertido para a Associação Serviços Assistenciais Senhor Bom Jesus dos Passos, com foco nas mulheres que estão em situação de rua.

 

“Observando a cidade, pude ver que as mulheres de rua que sofrem os maiores atos de violência. Aprendi tanto, só penso em retribuir”, diz Vanessa.

 

O vernissage acontece nessa segunda-feira (07) e será destinado a convidados e imprensa.

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